Outro dia desses tentava entender algumas questões humanas.
Suas teorias a respeito da sociedade como um todo, além da forma de viver e lidar com algumas questões humanitárias de senso comum.
A tal sociedade vive constantes mudanças estruturais, mas a essência da perversidade, egoísmo e ignorância, são coisas que ela carrega por anos pelo simples fato de nascermos com essa tendência a prática do mal.
Certo dia ouvi a respeito das sociedades religiosas. Muitas são bem estruturadas, com seus conceitos e doutrinas bastante coerentes. Defendem seus ideais, valorizam os princípios e organizam seus eventos solidários.
Essas sociedades tem uma influência muito grande sobre o resto das pessoas, que de alguma forma colocam a esperança de um mundo melhor nos "religiosos", por entenderem que eles são os defensores e guardiões dos bons constumes e da boa conduta.
Porém, como toda a sociedade, a tendência natural em fazer e praticar o mal distorce o fato do que elas são com o que deveriam ser.
Não critico as religiões, inclusive me simpatizo ao adventismo, mas o som que ouço nas comunidades religiosas em geral, não harmoniza com as condutas pessoais dos que exibem cargos, posições e conhecimento. O Som Dissonante, resultado desse contraste, é quase insuportável. Não fosse também as mesmas práticas que acabam nos deixando na mesma situação.
Ao conviver com algumas estruturas religiosas, mais organizadas e tradicionais, vejo uma comunidade até certo ponto inteligente. Pessoas que detêm um conhecimento acima da média. Líderes e liderados que lêem e compreendem algumas questões filosóficas da vida com coerência, racionalidade e influência. Dominam conhecimentos teológicos e entendem com uma distinta aptidão as teorias de conduta de vida, baseadas nos preceitos, normas e leis "divinas", além interpretar as ações socias baseados na realidade cultural local.
Seria tudo perfeito, se não fosse a falta de aplicação de todo esse conhecimento na vida pessoal.
Num mundo de hoje, onde a quantidade de informação é assustadoramente enorme, instituições mais tradicionais zelam pelo título de detentores do conhecimento sem preocupar-se com a conduta exigida pela informação que adquiriram.
Religiões e suas organizações são reconhecidas através da matemática racional de uma fração imprópria:
1km de Teologia / 1cm de profundidade... (como do quadro ao lado).
Algumas religiões justificam a "teologia de amor ao próximo", criando Departamentos e Associações de Ajuda... o que é absolutamente louvável. Porém, lembro que isso pode estar colaborando em deixar o mundo mais "frio" do que já é.
Se quero ajudar ao próximo, não preciso mais me envolver. Basta apenas dar minha contribuição (financeira) a qualquer instituição e me considerar um agente do bem ou do amor ao próximo.
É a tentativa insana de negociar com Deus meu papel pessoal de influência no mundo. É pagar pra não fazer, tentando financiar alguém pra fazer por mim o que somente eu posso fazer.
Infelizmente esse é o reflexo da maioria das pessoas que compõem as Comunidades Religiosas.
Tem o conhecimento Teológico e humano da extensão de uma "auto estrada", e a prática individual com uma medíocre profundidade, exatamente como o prato raso que pessoalmente oferecem ao próximo.
Reflita sobre o que você verdadeiramente é nesse contexto.
E não pense que você não tem nada com isso.