terça-feira, 7 de junho de 2011

1km Teologia / 1cm Profundidade

Outro dia desses tentava entender algumas questões humanas.
Suas teorias a respeito da sociedade como um todo, além da forma de viver e lidar com algumas questões humanitárias de senso comum.

A tal sociedade vive constantes mudanças estruturais, mas a essência da perversidade, egoísmo e ignorância, são coisas que ela carrega por anos pelo simples fato de nascermos com essa tendência a prática do mal.
Certo dia ouvi a respeito das sociedades religiosas. Muitas são bem estruturadas, com seus conceitos e doutrinas bastante coerentes. Defendem seus ideais, valorizam os princípios e organizam seus eventos solidários.

Essas sociedades tem uma influência muito grande sobre o resto das pessoas, que de alguma forma colocam a esperança de um mundo melhor nos "religiosos", por entenderem que eles são os defensores e guardiões dos bons constumes e da boa conduta.
Porém, como toda a sociedade, a tendência natural em fazer e praticar o mal distorce o fato do que elas são com o que deveriam ser.

Não critico as religiões, inclusive me simpatizo ao adventismo, mas o som que ouço nas comunidades religiosas em geral, não harmoniza com as condutas pessoais dos que exibem cargos, posições e conhecimento. O Som Dissonante, resultado desse contraste, é quase insuportável. Não fosse também as mesmas práticas que acabam nos deixando na mesma situação.

Ao conviver com algumas estruturas religiosas, mais organizadas e tradicionais, vejo uma comunidade até certo ponto inteligente. Pessoas que detêm um conhecimento acima da média. Líderes e liderados que lêem e compreendem algumas questões filosóficas da vida com coerência, racionalidade e influência. Dominam conhecimentos teológicos e entendem com uma distinta aptidão as teorias de conduta de vida, baseadas nos preceitos, normas e leis "divinas", além interpretar as ações socias baseados na realidade cultural local.

Seria tudo perfeito, se não fosse a falta de aplicação de todo esse conhecimento na vida pessoal.
Num mundo de hoje, onde a quantidade de informação é assustadoramente enorme, instituições mais tradicionais zelam pelo título de detentores do conhecimento sem preocupar-se com a conduta exigida pela informação que adquiriram.
Religiões e suas organizações são reconhecidas através da matemática racional de uma fração imprópria:
1km de Teologia / 1cm de profundidade... (como do quadro ao lado).
Algumas religiões justificam a "teologia de amor ao próximo", criando Departamentos e Associações de Ajuda... o que é absolutamente louvável. Porém, lembro que isso pode estar colaborando em deixar o mundo mais "frio" do que já é.
Se quero ajudar ao próximo, não preciso mais me envolver. Basta apenas dar minha contribuição (financeira) a qualquer instituição e me considerar um agente do bem ou do amor ao próximo.
É a tentativa insana de negociar com Deus meu papel pessoal de influência no mundo. É pagar pra não fazer, tentando financiar alguém pra fazer por mim o que somente eu posso fazer.

Infelizmente esse é o reflexo da maioria das pessoas que compõem as Comunidades Religiosas.
Tem o conhecimento Teológico e humano da extensão de uma "auto estrada", e a prática individual com uma medíocre profundidade, exatamente como o prato raso que pessoalmente oferecem ao próximo.
Reflita sobre o que você verdadeiramente é nesse contexto.
E não pense que você não tem nada com isso.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Retorno da Alegria

A dissonante idéia de que a Alegria se compra e que está em extinção ouve-se por todas as partes.
Afinal, o que me faz alegre? Que motivos teria pra ser alegre?
Começamos o ano com tragédias e catástrofes pelo mundo.
Violência urbana em alta, juntamente com os conflitos familiares e mais um monte de coisas que os tele jornais só não expõem por falta de tempo na grade do programa.

Alegria tem um som confuso nos dias de hoje.
Distorce os valores morais e ignora a consciência sã.

Posso me alegrar fugazmente por uma noite. Essa é a Alegria de quem dorme com os anjos e acorda com o Demônio.

Posso me alegrar com o que ganho ilicitamente. Afinal, a busca pela "felicidade", não tem regras hoje em dia.

Posso me alegrar com a vingança bem sucedida, sobre quem me fez o mal.

Posso me alegrar com tantas coisas quanto possa me justificar.
O Problema é que as pessoas justificam o mal que fazem com o bem que lhes é proporcionado (se é que existe realmente o bem).

pois bem...
Na contramão disso tudo, vai minha polêmica alegria.
As Catástrofes que ocorreram no Rio de Janeiro, me trouxeram tristeza. Mas em seguida pude ouvir novamente o som original da alegria.

O lado bom das tragédias, é que de alguma forma a humanidade se volta para o que havia esquecido. E infelizmente só exercitamos a nobreza quando estamos no meio do Caos.
Ver um povo se mobilizando para dar a quem não tinha mais, foi algo que vi com um sorriso no rosto.
Sei que muitas pessoas experimentaram a Alegria na sua verdadeira Essência!

É essa Alegria que gostaria de ver novamente. Baseada no amor ao próximo e no espírito voluntário!
Você pode obter a alegria de diversas formas nesse complicado planeta, e por mais que você até se esforce para se alegrar com o que não te faz realmente feliz, procure deter-se no que realmente tem valor, lembrando-se sempre que seu lugar não é aqui!

Faça a diferença no meio do Caos, mas não espere o Caos pra fazer diferença.
Alegria, alegria...