quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Em Paz na Guerra!

O que pode parecer improvável, tem possibilidades definitivamente reais.
Estar em Paz nos dias de hoje tem um tom, de fato, "dissonante".
Trata-se da projeção do que não é racionalmente real.
Pode ser tanta coisa que nos limitamos a pensar pequeno. Podemos imaginar que estar em Paz na guerra pode ser o esforço das minhas faculdades mentais, intelectuais e espirituias em manter o foco nas coisas nobres ou do bem. Em outras palavras, é como se eu pudesse andar como um anjo no inferno.
Parece ficção, mas com as as ideologias corretas, é algo perfeitamente alcançável.
Paz tem várias intepretações que variam da realidade e experiência de vida.
Paz pode vir da música Clássica que ouço, como também do Rock and Roll no final de um expediente.
Paz é o sentimento de realização e satisfação comigo mesmo.
Os dias de guerra (muitas vezes literiais), fazem com que a paz seja loucamente almejada por todos, mas curiosamente ela é alcançada por poucos.
Paz na Guerra, pode ser compreendida como meu estado de espírito na minha luta diária e solitária de estar de bem comigo mesmo e com meus próximos.
O foco para a maioria das pessoas sempre está na linguagem figurada da Paz, onde a Paz é a manifestação do Amor e coisa e tal...
Mas tem coisas que são necessárias serem vistas de outro modo.
Quando se coloca o Amor como razão da Paz, não se diz muita coisa. O amor também é a razão da Guerra.
Amor é uma Guerra!
Pode não ter o terror das mortes e mutilações, mas faz feridos com tanta dor quanto uma...
Pode não apresentar as mesmas conquistas realizadas pelas operações bem sucedidas, mas tem a motivação que a faz tão intensa.
Pode não ter razão alguma, exatamente como todas as Guerras.
Assim como as Guerras, começa facilmente, e é difícil de terminar.
Criamos muitas tréguas durante a vida, mas nunca conseguimos finalizar com sucesso uma ofensiva. Guerras surgem uma após outra. Há ainda, raros casos em que se é possível lutar em duas ao mesmo tempo.
E nesse curioso cenário, como posso entender a Paz?
Nesse contexto, não quero entender!
Nesse louco pensamento que tenho, acho que meu único objetivo é alcançar a Paz, cuidando para que a Guerra nunca termine!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A Pessoa IDEAL

Outro dia fui surpreendido com esse velho assunto.
A receita da pessoa perfeita. O Cara ideal! A Menina ideal!
Ouvi tanta coisa a respeito que me perdi em tudo que havia projetado sobre o assunto.
Houve um tempo em que tinha como convicção a idéia de que devemos buscar pessoas semelhantes a nós mesmos. Gostos semelhantes. Apreciação pelas mesmas coisas como uma música, um programa de tv, um filme, um time de futebol, etc.
Aquela velha teoria da vida tranqüila e pacata. Como dois anjinhos caminhando pelo paraíso. Sem diferenças, sem intrigas e sem discussões.
Defendi essa teoria por muito tempo, até começar a me inclinar para o avesso.
Todos temos uma natureza ruim, e me parece que o mal tem que fazer parte do contexto para que eu seja plenamente feliz.
Comecei a ver que as pessoas diferentes conseguiam "sobreviver" por mais tempo. Aqueles contrastes absurdos de temperamentos entre pessoas, pareciam se encaixar dentro da perspectiva em que um completava o outro.
Comecei a ver que,embora fosse extremamente irritante estar com alguém tão diferente, as minhas necessidades eram preenchidas. Que é muito bom perder o sono por alguém. Que o sofrimento faz parte do aprendizado. E tudo que me parecia ser errado tinha um tom dissonante de satisfação.
Há um estranho sentimento de realização quando uma discórdia é resolvida. Sentimento esse que não é possível viver com tanta intensidade quando nos relacionamos com pessoas muito semelhantes a nós mesmos.
Mas... hoje... nenhuma dessas teorias faz sentido pra mim.
É perca de tempo buscar a pessoa que se parece comigo ou aquela que não tem nada a ver comigo na intenção de encontrar a pessoa ideal.
A receita da pessoa ideal tem um tempero que muda a perspectiva do sabor da vida.
O amor verdadeiro burla qualquer regra que eu tenha como definitiva nessa busca pela perfeição.
É impossível criar regras que possam definir o caminho para a pessoa perfeita, pois quando uma pessoa imperfeita é vista aos olhos do amor, ela torna-se imaculadamente Ideal.
Não há como revidar esse golpe que o amor dá.
Dissonantemente é algo tão surpreendente quanto ouvir um clássico do Heavy Metal ou Rock sobre a interpretação de uma Orquestra Sinfônica! É exatamente isso que o amor faz. Muda a forma de ver. Exalta as qualidades, transforma as debilidades e torna tudo mágico a ponto de ver tudo com absoluta perfeição.
Então, se você procura a "Pessoa Ideal", acredite. Essa pessoa está mais próxima do que se imagina. Basta ajustar seu foco e ampliar a visão.